segunda-feira, dezembro 27, 2004

Os Simpsons como fonte de secura

(fonte de secura é bonito, não é?)

Era só para pôr esta frase brilhante do Homer Simpson:

"I'm not normally a religious man, but if you're up there, save me, Superman!"

25 comentários:

RedScout disse...

Marge Simpson (penso que para Queen Elizabeth):
"Homer e eu nunca estivemos tão felizes. O nosso casamento é sólido como o de David Beckham e Victoria"

J25 disse...

Boas! é a primeira vez que vim a este blog e achei o máximo!

aqui fica a minha contribuição:

"Bart: Aren't we forgeting the true meaning of Christmas? You know, the birth of Santa."

RedScout disse...

Suppose we've chosen the wrong god. Every time we go to church we're just making him madder and madder. Homer Simpson

Porky disse...

Boas! Cada vez mais gente vem a este blog. Anda toda a gente louca? Acho que este é um dos sinais do Apocalipse.

Já que se falaste n'"O ASSUNTO", sabes que vou ter responder... Esse gajo do Superhomem é uma fraude religiosa! Um plágio literalmente de proporções bíblicas. Senão vejam:

- Super-força:
Mas Sansão deitou-se até a meia-noite; então, levantando-se, pegou nas portas da entrada da cidade, com ambos os umbrais, arrancou-as juntamente com a tranca e, pondo-as sobre os ombros, levou-as até o cume do monte que está defronte de Hebrom.
Juízes 16:13

- Super-velocidade:
Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do filho do homem.
S. Mateus 24:27

- Super-inteligência:
Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces.
Salmos 139:4

- Pôr a terra a rodar ao contrário:
Então o profeta Isaías clamou ao Senhor, que fez voltar a sombra dez graus atrás, pelos graus que já tinha declinado no relógio de sol de Acaz.
II Reis 20:11

Onde é que eu já ouvi isto? Não me venham com histórias... Mas há piores! De onde acham que veio a "inspiração" para o último filme do Mel Gibson?

Unknown disse...

Então e o voar? também vem alguma coisa n'O Livro?
(eu sei que deves ter alguma coisa na manga, mas alguém tinha de perguntar....)

Sofia Bento disse...

Já que estamos numa de religião (e enquanto não invento eu própria uma piada seca) aqui deixo a:

Oração do Jornalista ¹

“Dear Lord,
So far today, I am doing all right.
I have not gossiped, lost my temper, been greedy, grumpy, nasty, selfish or self-indulgent.
I have not whined, complained, cursed, got drunk, eaten any chocolate or ice cream.
I have charged nothing on my credit card.
I will be getting out of bed in a minute, and I think that I will really need your help then.”

¹ fonte: Society of Professional Journalists, SPJ

Sofia Bento disse...

Ah e a única coisa que não deve ser verdade aqui é mesmo a história do "credit card": duvido que os jornalistas tenham capacidade económica para terem um...

Sofia Bento disse...

Este sr. TRAlves é só elogios! Puxa, uma pessoa até sem jeito! Obrigada, Porky.
De facto, os jornalistas já têm de lidar com tanta coisa má, imagine-se o que seria se ainda tivessem de lidar com o materialismo económico!

Porky disse...

Wow! A Sra.Sofia extende a filosofia "vou tomar como um elogio" a fronteiras até agora desconhecidas (isto é um elogio).

Espero que não tenha ficado a pensar que eu não respeito a profissão de jornalista. É verdade, mas não quero que penses nisso.

(pronto, pronto... eu respeito alguns jornalistas...)

Sofia Bento disse...

Pensei que já tínhamos chegado a acordo sobre esta matéria: o sr. TRAlves faz um "elogio" e a menina Sofia aceita como um "elogio"!

Porky disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Porky disse...

(Agora é "menina" Sofia?... ai isso é que não! Fica Sra.Sofia!)

Estava a felicitá-la pelo modo com aceitou o "elogio". Eu muitas vezes no máximo apenas consigo dizer um "vou aceitar isso como um elogio" resignado, conformado, por vezes até desconsolado e irado. Isso acaba por se notar, pelo que quem me "elogiou" sabe que obteve o efeito desejado.
Em vez disso, a Sra.Sofia abraça o "elogio" de uma maneira tão forte que acaba por transtornar a pessoa que a "elogiou". Neste caso cabei por ficar alguns momentos sem saber sequer se a Sra.Sofia percebeu o "elogio". Ainda pior, mesmo quando concluí que ela soube muito bem que aquilo era um "elogio" (e não um elogio), fiquei na mesma com a sensação que o tiro que dei fez ricochete e acertou-me na canela! Ainda estou no chão agarrado à perna e a dizer: "fffffft, ai!"

Já disse uma vez e volto a repetir: o reino da ironia tem uma nova rainha! Ajoelho-me humildemente perante a Sra.Sofia.

Sofia Bento disse...

"o reino da ironia tem uma nova rainha"
É porque tive um grande mestre que me iniciou nesta arte: enquanto os meus colegas arrancavam cabelos a ler os "Apontamentos Europa-América" dos Maias, eu devorava as "Farpas", as "Cartas de Paris" e os "Bilhetes de Londres".
Tenho de admitir, no entanto, que a minha participação nesta casa e os vossos posts e comentários têm apurado esta minha competência, "apuração" pela qual vos estou grata.

post scriptum: Já agora, fui sempre menina - não tenho idade para ser srª, vós é que começastes a denominar-me de srª, tomei isso como uma questão de igualdade: sr/sra :)

Porky disse...

Depois de um comentário que honra o maior romancista português, vou arrastar o nível da conversa para a altura mais adequada à minha cultura literária:

LOL! "devorava as "Farpas""!! Se alguma vez falarmos frente a frente, leva umas pastilhas elásticas. São para ti.

Se acham que este comentário é infantil, quem o diz é quem o é, o blog é de todos, não sei de nada!

Sofia Bento disse...

É muito aflito, este sr. TRAlves! Descanse, que esse problema não se coloca.
Mas já que se fala de literatura, aqui vai uma piada seca (acho) que circula no meio:
- Fernão, Mentes?
- Minto

Porky disse...

Ouch! Essa piada é tão seca que até dói! Mas é um doer bom. Bom como só um piado-masoquista sabe apreciar.

O que doeu, mas no mau sentido, foi aquilo de a Sra.Sofia estar desde já a tirar do panorama do possível um eventual encontro no qual possamos associar os espíritos tresmalhados deste blog aos cárceres que são os corpos que os encerram...

Em todo o caso, compreendo a Sra.Sofia, já que essa associação já foi feita para mim... já existe uma foto horrível minha no blog, e a minha voz desagradável já fez os seus tímpanos gritarem por clemência. Se dantes havia uma esperança de se ter um encontro que pudesse ser categorizado como "agradável", agora tem-se a certeza que isso nunca iria acontecer.

Sofia Bento disse...

O jornalismo dá muitas competências. Também um excelente background na área da piada seca (para além daquelas que se entrevistam). Uma dessas competências é analisar a história (sou adepta da seita que defende que história se escreve sempre com h) sob todos os ângulos, mesmo os absurdos.
Assim, quem lhe disse que eu não colocaria a hipótese de levar as pastilhas elásticas?

A propósito do absurdo deixo aqui uma leitura de um em tempos meu colega do Farol da Imprensa Ocidental sobre o humor dos Monty Python:
http://amor-e-ocio.blogspot.com/2004/12/um-gato-que-fede.html

Porky disse...

Como jornalista devia saber que as frases podem sofrer bastantes interpretações...

"Descanse, que esse problema não se coloca."
"Descanse, que esse problema não se coloca porque nunca vai acontecer."
"Descanse, que esse problema não se coloca porque nunca vai acontecer porque nunca me irei encontrar consigo."
"Descanse, que esse problema não se coloca porque nunca vai acontecer porque nunca me irei encontrar consigo porque já vi a sua foto."
"Descanse, que esse problema não se coloca porque nunca vai acontecer porque nunca me irei encontrar consigo porque já vi a sua foto e porque já ouvi a sua voz."
"Descanse, que esse problema não se coloca porque nunca vai acontecer porque nunca me irei encontrar consigo porque já vi a sua foto e porque já ouvi a sua voz e porra! é mesmo feio e canta mesmo mal!"
Preciso de um abraço colectivo... :'(

Sofia Bento disse...

E aqui vai mais uma:
"Descanse, que esse problema não se coloca" porque eu levo as pastilhas elásticas.
e eu nunca diria porra, diria "irra!" ou "raios!", irra!

Porky disse...

:D

Paulo Sacramento disse...

TRAlves: Num dia em que eu estivesse mal disposto, iria entrar em inflamada discussão contigo. Como não estou, vou só expôr alguns factos que são completamente off-topic, mas que me sinto no direito de mencionar, numa atitude infantil, já que foste tu que começaste:

1 - Neste ano tornei-me bastante anti-religioso, ainda mais ateu do que já era. Tu foste uma das razões.

2 - Estou convencido de que muitos dos problemas do mundo actual têm origem na religião. Não pela religião em si, que até é algo com que sou capaz de conviver bem, mas pelas pessoas que as levam demasiadamente a sério, tornando-se seus radicais defensores. Ainda que não admitas isso, tu és um radical defensor da tua religião o que, como teu bom amigo, me preocupa e deixa triste.

3 - É claro como a água que o radicalismo leva à (ou provém da, não sei) ignorância de contradições que são tão óbvias que não percebo como pessoas inteligentes lhes podem saltar por cima. O facto de tu seres inteligente e mesmo assim ignorares as contradições que, mais do que na tua religião, existem na própria Bíblia, é muito preocupante. Não acho nada bem que cites a Bíblia a torto e a direito quando te convém e ignores todas as outras citações que vão contra o que estás a dizer. Enquanto profissional ligado às Ciências, esse é um erro imperdoável e, mais uma vez, preocupante. O cientista tem tanta atenção ao que está a seu favor, como ao que está contra si. Até porque ele tem a plena consciência de que os seus pares vão dissecar as suas afirmações até ao ínfimo pormenor, pelo que convém estar preparado.
Acho que a tua interpretação da Bíblia, e não a Bíblia em si (embora esteja cheia de contradições), é cega.

4 - A religião não é necessária para se viver uma vida de compreensão, bem-estar com os outros, solidariedade, fraternidade,..., enfim, todas essas coisas que me parece que apregoas como virtudes da tua religião e consideras inalcançáveis aos infiéis. Desculpa se interpretei mal a tua posição, mas a culpa é tua. Cabe-te perceberes porquê.
Parece-me infinitamente mais saudável não dar nada como garantido, duvidar de tudo, estar sempre disposto a que algo ou alguém nos convença de que estamos errados e eventualmente a mudar. E mudar não significa passar a acreditar piamente no que nos foi impingido. Apenas considerar que há validade na nova posição, mas estar disposto a alterá-la outra vez, as vezes que for preciso.

Faz-te um favor e lê "O Mundo Infestado de Demónios" do Carl Sagan.

Este post é do teu amigo Sacra, como prenda de Natal.

Porky disse...

O teu post relacionava o Superhomem com a religião... eu só contribuí com um um comentário completamente humorista, sem quaisquer outras intenções, com passagens propositadamente arrancadas do contexto. Esta é a minha realidade, é o que eu conheço. Tu relacionas coisas com as obras que conheces melhor, e eu fiz o mesmo. Este comentário não foi, obviamente, para argumentar qualquer posição. Era só para ter piada.

Em todo o caso isto fez com que falasses em coisas importantes, e que me interessam de uma maneira como não podes imaginar.

Em primeiro lugar rejeito essa ideia de religião. Tenho pena se ainda não percebeste (ou se não consegui mostrar) que o que sigo não é um conjunto de regras criadas por pessoas, mas sim a Deus. Deus é o único objectivo. As religiões são tentativas que os humanos fazer de formalizar uma relação com Deus, a qual Ele quer que seja pessoal.

Isso de ser radical, sim, é verdade. Assumo isso por inteiro e até fico contente se tiver que ficar com esse "rótulo". A minha fé é a minha razão de viver (sim, a piada seca está em segundo lugar...). Apesar de falhar muitas vezes (e vocês bem o sabem), o meu objectivo de vida é chegar a ser semelhante a Jesus.

Não vou pedir desculpa por estar sempre a abordar estes assuntos. Se o faço é porque me preocupo convosco, e acho, sinceramente, que podiam estar a trilhar um caminho melhor.

Quanto à parte de eu acreditar cegamente, isso não é verdade... devo confessar que estive durante muito tempo a colocar muitas questões a mim próprio e a Deus. Estive quase a tornar-me ateu. O meu espírito cientista obrigava-me a raciocinar a buscar uma resposta lógica para tudo isto. Deus existe mesmo?
Apesar de eu fazer de tudo para me afastar do que sentia, Deus foi-se revelando. Não foi nenhum problema pontual que me obrigasse a pedir socorro, nem uma grande alegria que me obrigasse a agradecer. Foi apenas o Espírito Santo a convencer o meu espírito.

Eu não posso provar cientificamente que Deus existe. Considera, no entanto, como uma teoria que eu defendo. Em todo o caso nunca chegaremos a uma conclusão já que uma das permissas é a fé.

Em todo o caso, obirgado pela prenda: um boost de fé. Agora, quanto mais questiono a minha fé, mais forte ela se torna.

Um abraço, deste teu amigo Tiago "Porky" Alves.

Unknown disse...

Lá estão estes gajos a falar a sério outra vez! Irra!!! Uma série de comentários que estava a ser tão desinteressante e lá vêm estes gajos a falar do coisas com sentido! O meu rebanho está sempre a seguir por caminhos tortos!
Da próxima vez que alguém falar a sério no blog é despedido! Isto eram conversas para se ter na sexta feira na noite da pasagem do ano!

Irra outra vez!!!

Porky disse...

Peço desculpa pelo meu comportamento. Prometo que não volta a acontecer. Ainda para mais porque estamos a entrar numa fase em que existe um grande número de pessoas que vêm visitar o blog, mas têm a sorte de não nos conhecerem.

Aqui neste blog o único deus é a piada seca, e o único mestre, o Sr.Zarroba. Ok?

Paulo Sacramento disse...

Eu também peço desculpa pelo meu comportamento, paizinho! E não te preocupes, que quando esta malta se junta há sempre muito assunto ;)

Só queria dizer que às vezes é irresistível entrar neste tipo de discussão, onde quer que seja. E esta até foi extremamente civilizada e até um pouco interessante.

Ou não...