Normalmente só me apercebo da piada seca depois desta se manifestar, mas aqui há tempos percebi que a piada seca pode pré-existir, manifestando-se de forma deliberada, portanto (se há coisa que gosto é de usar, ainda que gramaticalmente de forma errada, o "portanto" no final de uma frase, manias...)
Assim aconteceu. E passo a relatar a situação de forma mais ou menos fidedigna:
Um amigo - Ó Paula, tu não andas bem! O que é que tu tens?
Eu - Eu? Nada...
Um amigo - Não, tu tens alguma coisa, tu, ou te ris à gargalhada ou choras como uma Maria Madalena... tu andas a tomar alguma coisa?
(E agarrando-me pelos ombros) - Olha para mim, o que é que tu andas a tomar?
E foi aqui, neste preciso instante que eu pensei na piada seca. Depois disse para mim própria "Não, esta pessoa está seriamente preocupada comigo, não lhe posso fazer isto, para mais a piada seca é cliché" - atenção, mais uma categoria na classificação sistematizada da piada seca -, "mais batida que sei lá o quê, nível fraquinho"... mas depois pensei "como é que esta pessoa pode pensar que eu ando a "tomar" alguma coisa???!!! Passou-se??!!" e foi aí que, apesar do cliché, decidi lançá-la, fiz um ar culpado, desviei os olhos e depois arremessei:
JUÍZO! Ando a tomar juízo.
quarta-feira, setembro 14, 2005
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4 comentários:
ERRATA: Onde se lê Paula deve ler-se Sofia.
E onde se vende esse juízo?
Não se vende, arranja-se...
Os portugueses só arranjam... não compram nem vendem nada...
A frase típica é "olha e consegues arranjar xpto?" e isto nada tem a ver com consertos :)
Se perguntassem isso ao Peseiro a resposta não seria "Juízo"...
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