Olá a todos,
As minhas qualidades diplomáticas e de coordialidade para com as outras culturas são conhecidas: não existem. Ando a esforçar-me em relação a esse aspecto da minha personalidade (a sério!), mas mesmo assim, posts destes acabam sempre por surgir...
Desta vez, queria partilhar a minha opinião acerca do papel da nação portuguesa na península ibérica. O que eu penso é isto:
Bolas! Nós devemos chatear os espanhóis à brava!
Já viram um mapa de espanha? Não dá a sensação que falta lá um bocado? Esse bocado é Portugal! Qual jardim à beira mar plantado, qual ocidental praia lusitana, qual quê! Somos mais a pedra no sapato ibérico, o miúdo gordo e chato do recreio penínsular e (outra metáfora que teima em não sair). Sabem o que é que o mapa de espanha faz lembrar? Um bonito bolo... ao qual alguém foi e deu uma valente dentada! E que dentada! Logo na parte do creme, apanhando ainda num bocado da massa mais húmida e saborosa. Ficámos com a melhor parte da península ibérica! Temos mar, praia, montes, campos, enfim... um conjunto de cenários tão rico, qual buffet paisagístico num hotel de cinco estrelas. Tenho a certeza (e tenho!) que o D. Henrique era um agente de imobiliário de sucesso antes de tomar conta do condato Portucalense. Ele percebia de localização!
Ainda por cima, ficámos com o lado da península ibérica em que os filmes não são dobrados! Já pensaram que a maioria dos espanhóis nunca ouviu um verdadeiro "I'll be back.", "Ah I see you have the machine that goes BING!", "You talkin' to me? You talkin' to me? You talkin' to me? Well, who the hell else are you talkin' to? You talkin' to me? Well, I'm the only one here. Who the f--k do you think you're talkin' to?" ou até um "abre los ojos" (ok, talvez tenham ouvido este último).
Agora imaginem, por alguns momentos, o como deve ser difícil ser-se espanhol, e todos todos todos todos os dias olhar para o mapa e o pensar:
Biolas! Los portuguehês nos hateam à la briaba!
Se eu fosse espanhol (bah!) já teria invadido isto tudo! Acho que é o que eles têm feito, aos poucos. Mas, caros co-insulares: podem ficar com o Figo, que a gente fica com a Figueira! Se vocês são os nuestros hermanos, nós devemos ter sido os filhos preferidos.
Fiquem bien!
quinta-feira, janeiro 13, 2005
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19 comentários:
Estava aqui a pensar o que teria dado neste rapaz para escrever este post. Entretanto apercebi-me que são três da manhã e confirmei que este post foi escrito por volta das duas. E nesse instante tudo ficou claro: é o horário optimista. Da 1h50 às 2h00. Ía falhando por dois minutos.
Ainda me passou pela cabeça que o TRAlves estivesse a tentar levantar o moral aos portugueses, mas depois de atentar nisto... nah
Eu, que nunca tinha visto o GF, acabei de concluir o visionamento do dvd1+dvd2+episódio_kunami (este é fantástico e é também o nome de um software ou aplicação).
Perante isto e a análise, cuidada, que fiz, só tenho uma coisa a dizer:
É um escândalo, uma ingnomínia. É uma incongruência. É chocante. É perverso.
Como é possível que num trabalho com este elevado metro de qualidade, com esta perspicácia, com esta inspiração, haja uma frase - uma frase, senhores, não é um parágrafo, não é um sketch, é uma mera, simples, pequena frase - completamente absurda, destituída de sentido, incongruente e altamente chocante como esta?
Como é possível? O que é que eles fizeram? Obrigaram um transeunte a escrever essa frase? Recuso-me a acreditar que as pessoas que fizeram o resto dos sketchs tenha escrito esta frase. Não é possível.
[Claro que estou com insónias. Porque acham que estou a chatear-vos a esta hora da madrugada?]
A frase? Pois, realmente não era má ideia dizê-la. Mas esperem mais um bocadinho. Antes dar-lhe-ei um título:
A incongruência do GF
hmmm... não me parece suficientemente forte...
GF comete GAFFE
hmm... tablóide, não?
GF Gaffeia
ah, um ao estilo blogopiadosecante.
Bom, agora que já tratámos do título podemos voltar à questão.
O que é que faltava?
Ah, a frase!
O sketch é sobre aquela pergunta horrorosa que fazem às pessoas, que não é mais do que um tormento para quem responde e parece ser um prazer sádico para quem pergunta. Sim, essa. Qual é o livro da sua vida?
E digo-vos que o sketch ía muito bem.
Até ao momento em que o senhor resolveu justificar o que ía fazer a seguir (nunca se deve justificar o que se vai fazer a seguir, no máximo dos máximos, justificamos depois e no caso de sermos ameaçados):
Dizia então o tal senhor algo como a resposta a esta pergunta não ser válida, já que passadas 24h a pessoa podia já estar a ler outro livro e passar a ser esse o livro da sua vida
Eu acredito que este senhor sabia muito bem que nós estamos em Portugal. E é isso que me choca profundamente.
Passadas 24h a pessoa podia já estar a ler outro livro? Em Portugal? Nem pensem!
Sra. Sofia:
Parabéns pelo visionamento dos excelentes DVD. Esclareça-me de uma coisa: visionou os dois dvd de seguida? Tudinho? Devo dizer que até para mim, que sou um grande fã e, alguns poucos aspectos, humoro-masoquista (hoje estive a ver cerca de 15 minutos de Batanetes), isso seria difícil. Nunca vi o sketch do kunami. Já agora é kunami, ou konami? Queririam eles homenagiar a aplicação de office virtual ou a marca de jogos? Fica aqui a pergunta. Tenho para mim que é a marca de jogos.
Já agora, queria dizer que em 90% do meu horário, sou optimista... tenho é a mania de escrever nos outros 10%. Sim, este post era para levantar a moral dos portugueses... pelo menos comigo funcionou :D!
kunami a um preço upa,upa, puxadote
O que é que o sr. TRAlves anda a fazer aqui a estas horas?
Já tem a receita nos comments do post abaixo.
noite descansada
O que é que eu ando aqui a fazer a estas horas? E a menina Sofia?
Isto fez-me lembrar um sketch dos britânicos Smith & Jones, em que está um senhor de carro a andar muito devagarinho numa rua de má fama, até que ele se dirige a uma menina que estava em pé, numa esquina:
- Pai?
- Filha?
E ele então vai-se embora. (no sketch tinha piada)
Bom resto de noite! Bom dia a quem dorme a horas decentes!
Este post é tão bom que até me apetece cantar o hino.
TRAlves, o sketch do Gato Fedorento é do Kunami e não Konami (embora pense que, a marca de jogos fosse merecedora de uma homenagem pelos momentos bem passados que tem proporcionado por esse mundo fora.) Relativamente aos nuestros hermanos... bem... devo contar um episódio que aconteceu a uma antiga professora minha: Ela tinha ido a Espanha e tal, entrou num Restaurante que se chamava La España. Sentou-se e reparou nos guardanapos que tinham um mapa. olhou com atenção e reparou que se tratava de um mapa da P.Ibérica sem fronteiras delimitadas entre Portugal e Espanha, e a toda a largura do Mapa tinha escrito España... Por amor de Deus!
Epá, desculpem lá, mas sou só eu que não vê onde está a piada seca neste tipo de posts? Sim, tem piada, sim, tem qualidade, mas não era contra isso que queríamos lutar? Isto mais parece estar a tornar-se um blog de desvaneios tipicos de um stand-up do que uma verdadeira piada seca.
Pessoalmente acho que se deve fazer uma reflexão sobre isto e talvez fazer um fork do blog para "mestrado em piadas secas" e "mestrado em reflexões humoristicas", ou então caso achem que este tipo de posts é uma piada seca, proponho a criação do "mestrado em piadas realmente secas".
Apesar de gostar de fazer estas crónicas, tenho que conceder ao RJLouro alguma razão... Isto não é uma piada seca. Se quisermos ser uns puristas secerdotes do templo sagrado da piada seca, estas composições terão de ficar de fora. A questão é mesmo: é isso que nós queremos?
A minha resposta pessoal é que não. Acho que estamos bem. Somos um pequeno grupo unido pelo mesmo sentido de humor, a acho que é assim que devemos continuar.
Isto não é uma piada seca, mas também nao é uma boa piada. É contra as boas piadas, e não contra o bom humor, que nós devemos lutar. Esse, sim, é o lixo que corrompe a sociedade.
Há uns posts logo no início do blog (antes de ele se tornar um monstro) em que nós falamos das nossas influências. Este tipo de post tem tudo a ver.
De qualquer modo, acho que a reflexão sobre este tema é necessária.
Querem a minha opinião? se não quiserem risquem o que vou escrever. Acho que este blog tá muito bom. Vocês formam uma excelente equipa.Vocês complementam-se uns aos outros de uma forma extraordinária. E, embora certos posts não sejam bem Piadas Secas... a verdade é que resultam em discussões por vezes tão secas que até dá sede. E aí está também uma das vertentes da Piada Seca: a discussão seca.
Brasil, esse sim, o povo irmão! Estive a tarde toda a ouvir um programa de rádio dedicado a António Carlos Jobim. Invejo a forma despreocupada com que fazem a música mais talentosa.
Se algum dia eu chegar a ser embaixador de Portugal no Brasil, a minha primeira medida será acabar com o Roberto Leal. Penso que as duas comunidades lucrariam bastante com o desaparecimento desse misturador de culturas. Bacalhau é bom e uma boa picanha... ui ui! Mas se se colocar os dois numa misturadora estraga-se tanto uma coisa como outra. É o que o Roberto Leal anda a fazer.
Sr. TRAlves:
Esteve a tarde toda a ouvir um programa de rádio dedicado a António Carlos Jobim?
Isso avisa-se!!! Partilha-se com os colegas... que também queriam ouvir!
Não foi em directo. Estava aqui :).
Devo confessar que gosto deste tipo de posts. A piada seca pura parece-me um bálsamo às vezes, mas outras há em que sabe a pouco. Um texto escorrido entremeado de humor faz as delícias de quem gosta de ler. Este tipo de texto em particular, ... Ía a dizer uma coisa, mas é melhor dizê-la de outra maneira.
Gosto muito dos textos do Eça, não só a Campanha Alegre, a descrição por absurdo, a ironia, mas também as Cartas e Bilhetes. Deixei as Farpas no gabinete! Amanhã hei-de transcrever-vos um episódio!
Sr. TRAlves - Ah! Também recebe? Estou farta de receber emails daí! Esta gente não se toca? :)
Até eu já recebi desses mails... Não sei como é que arranjaram o meu mail, mas tenho umas desconfianças... ;)
É uma pouca-vergonha, sr. RedScout, uma pouca-vergonha. Esta gente deve pensar que uma pessoa não faz nada na vida!
Numa reflexão sobre a pertinente intervenção do sr. RJLouro, tomarei a liberdade de acrescentar ao que já disse o seguinte:
Penso que a piada seca tem essa característica de um certo humor que pode ser realizado com expressões, faciais, verbais, sérias, sem riso. Esta categoria de piadas permite na minha opinião que se faça isto. O objectivo, o sorriso amarelo ou invés de uma sonora gargalhada ou até a gargalhada pelo facto de não haver sequer um sorriso amarelo, a ausência de humor pode ser humorística, impulsiona aqui a possibilidade de evoluir e aprimorar, diria até, refinar o humor.
A piada seca encontra muitas vezes lugar a partir de situações do dia-a-dia que se atentarmos nelas chegamos à conclusão de serem ridículas. Às vezes as pessoas habituam-se de tal maneira a fazerem as suas tarefas que deixam de se questionar e interrogar sobre as mesmas. (Àparte: isto não faz das pessoas más ou menores ou menos dignas)
Para chegar à piada seca nestes casos, muitas vezes, é necessaŕio construir um texto mais longo.
Vou deixar-vos aqui um excerto de um texto de que vos falei ontem, que apesar de não ser uma piada seca, tem uma função de reflexão sobre algo que aconteceu efectivamente e ao ridículo que pode chegar:
"Outubro 1871
O Diário de Notícias, jornal que tem imposto aos seus corresondentes o hábito das informações escrupulosas e sérias, inseria ultimamente uma carta de Gouveia em que era narrado este caso:
"Um marido matara sua mulher, partira-a aos pedaços, fora preso e condenado..."
Reparem bem! "E condenado... a varrer as ruas de Gouveia!"
De modo nenhum queremos limitar os maridos no direito de decepar suas mulheres. São miudezas domésticas em que não intervimos. Nunca se dirá que as Farpas se arrojam indiscretamente no seio das famílias. Que os maridos, quando lhes convenha, para melhor organização do seu interior, partam suas mulheres aos pedaços - coisa é que não nos escandaliza, nem nos jubila! Talvez não imitássemos esse exemplo: não por nos parecer fora das atribuições maritais, mas por se nos afigurar excessivamente trabalhoso o partir aos bocadinhos uma consorte estimada! E entendemos que, quando um marido se sinta dominado pelo desejo invencível de partir alguma coisa - é mais simples ir à cozinha trinchar o rosbife, do que à alcova retalhar a esposa!
Não nos espanta também o castigo infligido pelo meritíssimo juíz de Gouveia. Nós não temos a honra de conhecer Gouveia. O código, é certo, marca uma pena diversa, não prevendo esse castigo de varrer as ruas de Gouveia - de resto todo o local. Mas quem sabe se não será uma tremenda penalidade - o limpar as ruas de Gouveia! Talvez mesmo o juíz - por lhe parecer insuficiente o degredo perpétuo - rompesse no excesso de arbitrário de entregar aquele facínora ao suplício imenso de limpar as ruas da sua vila! Bem pode ser que aquele marido esteja cumprindo uma sentença pavorosa, e que o devamos lastimar mais que os infelizes que S. M. Alexandre II da Rússia (que Deus guarde e muitos anos conserve em prosperidade e glória) manda trabalhar, ao estalo do chicote, nas minas de Orilieff! A imundície da província tem mistérios. Limpar as ruas de Gouveia será talvez a pena que de futuro adoptem, em substituição da pena de morte, os códigos da Europa.
que honra, meus amigos, para a sujidade nacional!"
Eça de Queiroz in Uma Campanha Alegre, pp.165-166
Ele so foi a tribunal porque nao tinha a carta profissional de talhante em dia. Tinha-se esquecido de a renovar.
Ah! Boa, Ivo. Não tinha percebido onde é que estava o mal...
Epá! Serei eu a única pessoa neste blog com sinceridade e objectividade suficiente para dizer que eu sou um génio?
Se sim, vou dizer: Eu sou um génio!
Alguém tinha que dizer isto! Parece impossível... em tantos comentários...
Vós sois todos uma cambada de ingratos e pretenciosos... tsa!
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