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Este blog pretende oferecer o primeiro mestrado mundial em piadas secas. Pretendemos desaguar daqueles rios de desidratação que fluem de cada um de nós no mar de persistência memorial que é este blog.Importante também é reflectir sobre as piadas e sobre a própria essência deste tipo de humor.
7 comentários:
Acho que já podiam era parar os posts de fim/início de ano e alguém postava uma piada seca.
Como já se passou uma semana, era natural que começassem a surgir piadas secas sobre os acontecimentos do passado dia 26 de Dezembro. Contudo, tal não se sucedeu e, de certa forma, até nem é surpreendente... Quem é que ia conseguir arranjar uma piada seca no meio de tanta água?
Agora que penso nisso, quando foi da ponte de Entre os Rios, aquilo também envolveu muita água mas as piadas apareceram. Com o kursk foi a mesma coisa... muita água mas algumas piadas secas. Acho que para este caso, resta esperar que as mentes comecem a trabalhar depois das bebedeiras do final de ano.
Acho mal... há assuntos com os quais não se deve gozar. Morreu gente. Só por isso. Existem pessoas que supostamente eu deveria conhecer (são sobrinhos de uma neta de uma pessoa que a gente conhece, que eram de perto da minha terra mas estavam a viver em França) que ainda estão desaparecidas.
Na minha experiência humorística tenho tentado criar piada sem recorrer a certas coisas que, por ofenderem, criam riso fácil.
Qualquer dia estamos a quê? a dizer piadas que só resultam porque têm um palavrão no meio? (....)
A piada pode ser usada para contruir e criar coisas bonitas. Em alturas de crise e de repressão, o humor consegue ser o único escape.
No outro dia, HumpBack mandou-me isto.
Percebo o que dizes... Eu próprio pensei um pouco antes de carregar no publish. Contudo, se pensares um pouco vais ver que há muitas, mesmo muitas situações em que morrem pessoas e se acaba por partir daí para fazer piadas. A diferença é que desta vez morreu muita gente.
Cumprimentos bloggescos:
Acho que tem tudo a ver com uma questão de timing com que fazes/dizes as piadas.
Um exemplo muito concreto foi na altura da queda das torres gémeas: após este incidente e durante uns largos meses, era impensável dizer qualquer piada sobre o assunto, isto porque seria de mau gosto. No entanto, neste momento qualquer um de nós é capaz de referir-se a piadas do tipo:
O que diz uma torre gémea para o outra???
Boing...
Já nem entro em piadas sobre a 2 guerra mundial porque aí é que teriamos uma lista infindável. Isto porquê? porque a partir de determinado intervalo temporal que certo acontecimento grave ocorre deixa de ser moralmente errado dizer piadas sobre esse facto.
Acho que por enquanto é capaz de ser incorrecto fazer piadas sobre o assunto. Mas digamos daqui a umas semanas (ou até dias) postar piadas sobre o tsunami será algo banal.
Já agora aproveito para desejar a todos um grande ano 2005
Meses? Eu passado uma semana já estava a ouvir piadas. A minha preferida era a da mãe que tentava dar de comer ao filho e então dizia: "Olha o aviãozinho!".
A minha opinião sobre o assunto é a seguinte: as tragédias lamentam-se, se vos impressiona façam o que puderem para ajudar (por exemplo, http://www.fundacao-ami.org/ami/artigo.asp?cod_artigo=119700). As piadas de mau gosto não me incomodam. Algumas até são bastante boas.
Muitas vezes, a criação de piadas sobre tragédias funciona como uma forma do ser humano lidar com essa mesma tragédia. Devo dizer que muitas vezes, este tipo de piada choca-me, mas também compreendo que pode ser uma forma de reacção. Vejam os médicos, quando confrontados com situações de tensão, de gravidade, muitas vezes fazem piadas. Talvez porque ninguém aguenta estar sempre em contacto com tragédias. Parece-me uma forma de racionalizar a dor e conseguir lidar com ela.
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