Resultado de um fim de semana prolongado: mais tempo para escrever! Passo a apresentar duas piadas secas (não desistam depois da primeira!)
-- I --
Era uma vez um homem que tinha um tijolo.
Este tijolo era o seu melhor amigo e com ele ia para o todo o lado: levava o tijolo ao cinema; quando saía com os seus amigos era sempre acompanhado pelo tijolo.
Quando ia jogar futebol era o tijolo que ficava a guarda redes. O tijolo acompanhava o homem 24 horas por dia, 7 dias por semana e como se não bastasse, nas noites de maiores bebedeiras era o tijolo que ficava responsável pelo carro.
Pedia-lhe (ao tijolo) conselhos amorosos e era a ele (o tijolo) a quem primeiro pedia ajuda nos difíceis momentos da vida: o que vestir, com quem falar, o que fazer e que atitudes.
E foi assim durante muito tempo, a amizade que o homem nutria pelo tijolo era infinita... tudo aquilo que se encontra nos livros sobre a amizade estava espelhado no comportamento do homem e o seu tijolo. Aliás, não havia separação homem-tijolo. Eles eram um. E um só.
Até que um dia, o homem se fartou e atirou, com muita, muita, muita, muita, muita, muita, muita (realmente muita) força, o tijolo ao céu.
-- FIM --
-- II --
Um homem de negócios estava num voo turístico e estava a começar a desesperar com a sede que tinha. No tom mais educado possível pede à hospedeira de bordo:
- “Podia trazer-me uma garrafa de água, se faz favor?”
Praticamente ao mesmo tempo que acaba este pedido um papagaio que seguia junto com os passageiros no avião desata a berrar:
- “Oh minha badalhoca, traz-me já assim de repente um copo com whisky!
Para espanto do senhor a hospedeira serve de seguida o papagaio, mas esquece-se da garrafa de água. Espantado, tenta uma abordagem um pouco mais exigente, mas mantém o nível de educação:
- “Olhe faz favor, seria possível trazer a água que eu pedi ainda há bocado?”
Novamente o papagaio, que parece querer sempre gritar depois do senhor falar:
- “Tu! Vai-me já buscar um bacardi com três pedras de gelo! E mexe-me esse cú! Alta velocidade!
E não é que a hospedeira insiste em servir novamente o papagaio e não o senhor. Farto desta situação, o senhor decide reformular o seu pedido:
- “Oh minha porca de merda, já te pedi duas vezes água e ainda não me a trouxeste! O que é preciso dizer para ser servido aqui?...”
Mal tendo tempo para acabar a frase, a hospedeira agarra no nosso amigo, abre a porta para o exterior e atira o senhor do avião. Em total desespero de causa (pois estava sem pára quedas) olha freneticamente em redor. Sabem o que encontra?
- O tijolo da piada anterior!
Nota – Testei aqui o conceito “matrix reloaded – revolutions”. Agarrar em algo seco (sem ser piada) e uma contar a punch line noutra piada. Podem reconhecer a anedota do papagaio com outro fim – tomei a liberdade de a adaptar para este caso (filtrei bastante o factor “Fernando Rocha”). Se tiverem curiosidade posso depois partilhar a versão “original”.
E sim eu sei, é muito seca, mas afinal, existe melhor blog para ter estes devaneios?
Um abraço
tope
7 comentários:
Caro Alvim,
É obvio que posts destes são sempre benvindos. Eu, pessoalmente, gostei. Por outro lado pode acontecer que o meu julgamento tenha sido influenciado pelo facto de eu estar com uma espécie de anestesia mental causada por uma constipação e uma manhã de debugging em C#.
Já agora, não se preocupem com a minha debilidade física temporária, já que esta, apesar de ter deteriorado o meu tempo de lazer neste fim-de-semana de 3 dias e uma hora, tem me ajudado a suportar o trabalho que estou a fazer. Enquando dou um espirro, tosso, assoo-me ou tento limpar o teclado e o monitor dos aglumerados de lixo séptico, esqueço-me de quão mau é o trabalho que estou a desenvolver (esta é uma boa palavra, porque a minha intenção é envolver-me cada vez menos com isto).
Além disto venho agora da casa de banho pública aqui da critical (ainda hei exprimir todo o meu drama com os WCs em palavras aqui neste blog) e aconteceu um dos meus piores pesadelos. Já deve ter acontecido com todos esticar a mão para o sítio onde deveria existir papel higiénico sentir apenas a rogosidade fria do cartão. Em todo o caso, como estava doente, pude desenbainhar o meu companheiro oportuníssimo: o pacote de lenços. Foi a primeira vez este ano em que carregava um destes conjuntos de lenços (ou pañuelos, em espanhol) Renova. O mau disto é que vou ficar para sempre marcado pela associação entre o meu próprio cócó e um objecto que tantas vezes esfrego na minha cara.
Bom resto de dia.
GRANDE!!!!
Porky: essa era informação que eu não precisava (nem queria) saber.
Quanto ao post, estive tentado em parar na primeira, obrigado pelo aviso :)
Porky:
Obrigado por compartilhares connosco essa tua aventura. Mas (e penso que posso falar por todos) nenhum de nós estava minimamente interessado em saber tais promenores...
Ja conhecia a segunda, mas com um final diferente e não tão seco:
O homem encontra o papagaio que se vira pra ele e diz:
-Para quem não tem asas abusas um bocado, não?
No dia em que eu começar a dizer coisas que realmente interessam a alguém, arrangem um sueca vestida de cabedal transpirante de luxúria para me bater até eu voltar à razão (ou à falta dela).
A minha missão aqui neste planeta não é dizer coisas que interessam. Ainda não sei muito bem qual é a minha missão, mas essa, indubitavelmente, não é.
Tenho de falar com quem me ensinou este seguimento de piadas (sim, não foi inventado por mim) para confirmar se ele utilizava a versão do papagaio. Já a aprendi há muito tempo e a minha memória cada vez está pior. Resultados do trabalho suponho eu.
RedScout: E sim esse é o final original, mas falta dizer que a hospedeira se passa e manda papagaio e homem para o exterior (mas, como nunca quero ofender quem inventou a anedota, reparem nas notas finais do meu post).
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